sábado, 9 de setembro de 2017

Detalhes sobre Dias de Chuva: Este é um livro sobre amor?

Vamos falar sobre amor, mas não sobre romance. Na verdade, quero falar sobre o que as pessoas acham que é amor, e muitas vezes é qualquer outra coisa.
Frequentemente explico que, apesar do blog do Dias de Chuva levar romance no nome, ele não é um livro romântico. Não é sobre uma mocinha e um mocinho que querem ficar juntos e vivem para superar aqueles e aquelas que querem afastá-los com intrigas, mentiras e tudo isso que as novelas e algumas histórias colocam na cabeça das pessoas como algo natural (e eu me recuso piamente a acreditar nisso. Não é natural, e é menos comum do que imaginamos. A grande maioria das pessoas não está nem aí se você casa com um seu primeiro amor, ou com um cara que conheceu no metro, depois de se divorciar. Talvez, os vizinhos e conhecidos até teçam comentários, mas dificilmente alguém perde seu tempo para destruir sua relação). Mas, voltando ao título do blog, ele leva romance no nome, pois romance é como chamamos uma história longa contada em capítulos. Nada mais.



Explicado isso, eu discuto sim relações de amor, o que é bem diferente. No livro, o leitor encontra amor do tipo “casal” e várias outros como amor entre familiares, amigos e até mesmo, entre mestre e aprendiz. Essas relações são recheadas, e muitas vezes criadas, por dualidades, tamanho egoísmo, orgulho e desejos envolvidos.
Quando escrevi Dias de Chuva, meu intento era discutir justamente essas questões e sentimentos que permeiam as relações entre as pessoas, as relações de manipulação, de opressão, de erros e aquela cegueira que nos fecha para o óbvio, para o caos ao nosso redor, na necessidade louca e imprópria de ter alguém e aquele alguém acima de tudo.
No entanto, os personagens não estereotipados (e os leitores tem me dito que realmente não são), deixam a revelação de suas intenções à cargo da bagagem de interpretação e maturidade de quem lê, e, algumas vezes, confesso, a imagem que fica não é bem aquela que eu ansiei passar, mas acredito que é essa discussão que importa: cada um tem sua forma de ver e viver. 
O livro está além do didático, de um lado a escolher. Não existe alguém totalmente bom ou totalmente mal, pois até o que se apresenta de modo mais vil e asqueroso, tem seus amores, seus motivos, tem amor por certas pessoas e pela estrutura que conquistou e mantém essas relações.
E isso é por acreditar que, se em nosso dia-a-dia, a gente for esperar um vilão ou um opressor, que só tenha intenções e ações más, que destile ódio, que nunca apoie seus sonhos, ou que nunca tenha amado alguém, nós muito provavelmente, nunca o enxergaremos. Pois a maioria das pessoas são boas e más, tem sentimentos de amor, carinho, camaradagem e até mesmo caridade, mas ainda assim podem estar nos fazendo mal. Por mais que essa pessoa em vários momentos tenha curado feridas abertas, ela pode sim, não ser alguém que deva ficar para sempre ao seu lado.
Do mesmo modo vejo o oprimido e manipulado. Muitas vezes mulheres e homens fortes, equilibrados, são cegados pelo sentimento que acreditam ser amor, tamanha é a dificuldade em lidar com os detalhes e a complexidade da vida.
E não precisamos ir longe. Quantas vezes o amor de mãe, de um cuidador, não nos afasta dos nossos sonhos, ou nos priva de nossas escolhas, por querer nossa felicidade?
A conclusão dessas relações é simples e dolorosa. Nós não sabemos amar plenamente, pois somos, no geral, egoístas, manipuladores, frágeis, carentes. Queremos ser amadas e ter exclusividade, ou sempre estar certo. Somos criaturas ainda muito simplórias, assim, eu não poderia desenhar personagens que fossem apenas uma faceta: ou herói ou vilão.
E como estamos falando sobre o Dias de Chuva, que é uma fantasia, nele, exploro como seriam essas relações se fossem envolvidas ainda por poderes fantásticos. Viveríamos guerras de dominação do mundo, ou travaríamos infinitos conflitos internos e de poder diretamente com aqueles que estão ao nosso redor?
Acho que, por tudo isso, é uma história que incomoda. Leitores têm me dito que o livro toca em questões morais, que ficam em dúvida sobre um lado para escolher. Que odeiam ou amam a protagonista e os demais personagens, pois as relações são tão intensas, e as facetas inúmeras, que fica difícil dar razão para alguém todo o tempo.
Dias de Chuva não é uma leitura tranquila, para apaziguar sensações ruins. Ela é tensa, cheia de ações tempestuosas com o intuito de levar a novos pontos de vista.
Assim, ouso dizer que o livro quer tratar sobre escolhas, sobre vontades, paixões e erros que cruzam e transpassam pelos mais diversos amores, mas não sobre as formas de endeusar aquilo que as pessoas tendem a achar que é amor.

Caso queria ler a degustação clique aqui.


segunda-feira, 6 de março de 2017

Vídeos CHUVOSOS


Para conhecer um pouquinho sobre nosso livro, temos alguns vídeos bem legais que falam sobre ele.
Bora conferir?



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E outro vídeo que eu gosto muito, é do Canal Poligonautas. Ele fez toda uma reflexão sobre como nossas escolhas geram consequências e sobre os demônios que moram dentro de nós, o que tem TUDO em comum com o Dias de Chuva, quem já viu, vai concordar ^^ 
E, então, ao final do vídeo, ele falou sobre nosso livro, e o que achou da leitura.



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domingo, 20 de novembro de 2016

Angaretama - Quote

Olá pessoal. Como vão?
Ainda em comemoração ao "mesaniversário" (vocês já viram que eu sempre acho motivo para comemorar rs), resolvi disponibilizar um trecho bem significativo de um capítulo muito especial e querido do livro, onde nossa heroína (heroína, será?) tem de enfrentar algo ainda mais novo e perigoso do que tudo que já sabe sobre seus dons e o misterioso Audrick.
Em Angaretama, um mundo mágico e ancestral, se revela dentro da fantasia e do cotidiano em que Júlia se encontra.
Para conhecer um pouquinho e saber do que se trata, e só clicar no link: