segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Júlia. Uma menina com um dom.


A chuva que cai sobre ela é, no início, a miséria e a tristeza. Mal tendo o que comer ou vestir, sua infância não permite sonhar com nada além de um pouco de comida e afeto. E essa dor infiltrada no peito, faz com que ela se apegue ao drama às vezes, e se sinta a pessoa mais sozinha do mundo.

Porém, Júlia nunca deixa de enfrentar seus medos e saciar sua curiosidade, mesmo que ela se sinta perdida, mesmo que faça tudo errado, mesmo que, às vezes, queira jogar tudo para o alto, sua essência contínua ali, vibrando.

A Júlia tem um dom, porém, ela precisa de muita dedicação para fazer disso algo útil e valioso em sua vida. Assim, diferentes pessoas, e por diferentes motivos, querem que a Júlia possa extrair de si o máximo, e tentam dar a ela o caminho a seguir.

Em Dias de Chuva, acompanhamos seu crescimento, até a idade adulta, onde ela vai descobrir muito mais de si, do que imagina, e lutar contra o seu maior inimigo e sua maior limitação.

Júlia ama de mais, ama o mundo todo! E precisará entender grande parte dela que fica adormecida além lidar com a tempestade de seus sentimentos, e fazer as escolhas mais difíceis e escondidas na névoa do medo e da incerteza.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Um mocinho? Audrick.


Os teóricos da literatura explicam a formação de um personagem de diferentes modos, e cada modo, serve a um propósito, e cada autor faz uma escolha, consciente ou não.


Todos os personagens em Dias de Chuva são (ou ao menos eu tentei que eles fossem) não estereotipados. É claro que há os mais malvados, e os mais doces, porém, no geral, tendem para ambos os lados, diante cada situação ou de acordo com cada ponto de vista, e o mais interessante, e misterioso, talvez seja realmente Audrick.

O moço aqui anda entre o bem e o mal como quem vai da água ao vinho em uma refeição, e talvez nem mesmo a Júlia (ou nem mesmo a autora aqui) saída o que se passa realmente em sua mente.

Assim como o mistério que o ronda, e quem ler o livro vai perceber - ele prefere que isso se mantenha - resolvi que sua ilustração devesse trazer um pouco desse mistério e dualidade. Será que deu certo?

Pelo nome, já da pra perceber que o moço não nasceu em terras tupiniquins, porém, se você espera um galã que tire suspiros das moças, que faz inveja às amigas (tsc tsc, coisa feia), ou que seja um louco apaixonado que vive no perigo, sinto muito, mas isso não vai acontecer, você não vai achar nada disso no moço, não!

Quem ler Dias de Chuva, vai encontrar cenas cotidianas onde Audrick planta seus planos e guarda seus segredos de modo calculado e pacientemente, como quem tem toda a eternidade pra ver tudo se tornar exatamente como deseja.

Agora, o que ele de fato quer? A resposta fica para quem ler o livro.
;)

domingo, 30 de agosto de 2015

Finalmente, nosso lar.


Desde o começo essa autora aqui já sabia que sua escrita sairia pela Estronho, editora que viu nascer e admira. Porém, era necessário fazer segredo por diferentes motivos.
O primeiro, é claro, era que o trabalho precisaria estar digno perante os olhos do editor Marcelo Amado (amigo e carrasco de primeira, quando o assunto é leitura crítica), e segundo, que era preciso estar o livro fechado ao ponto de não precisar fazer o público, na espera do livro, cobrar a editora ou seus envolvidos, já que o trabalho de escrita, reescrita e lapidação eram por minha conta. (Diferente dos copidesques já se popularizando, eu realmente queria ter a tarefa de trabalhar em cada linha do livro, para de fato, fazer dele, palavras minhas).
Essa semana, mais especificamente em 25 de agosto, divulgamos a capa oficial com o logo da editora, e não pude me conter de tanta emoção.

Estamos nos passos finais, agora, com a equipe inteira, e logo o Dias de Chuva poderá navegar pelas mãos e mentes de muitos leitores, e é tudo que mais quero.