quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Um mocinho? Audrick.


Os teóricos da literatura explicam a formação de um personagem de diferentes modos, e cada modo, serve a um propósito, e cada autor faz uma escolha, consciente ou não.


Todos os personagens em Dias de Chuva são (ou ao menos eu tentei que eles fossem) não estereotipados. É claro que há os mais malvados, e os mais doces, porém, no geral, tendem para ambos os lados, diante cada situação ou de acordo com cada ponto de vista, e o mais interessante, e misterioso, talvez seja realmente Audrick.

O moço aqui anda entre o bem e o mal como quem vai da água ao vinho em uma refeição, e talvez nem mesmo a Júlia (ou nem mesmo a autora aqui) saída o que se passa realmente em sua mente.

Assim como o mistério que o ronda, e quem ler o livro vai perceber - ele prefere que isso se mantenha - resolvi que sua ilustração devesse trazer um pouco desse mistério e dualidade. Será que deu certo?

Pelo nome, já da pra perceber que o moço não nasceu em terras tupiniquins, porém, se você espera um galã que tire suspiros das moças, que faz inveja às amigas (tsc tsc, coisa feia), ou que seja um louco apaixonado que vive no perigo, sinto muito, mas isso não vai acontecer, você não vai achar nada disso no moço, não!

Quem ler Dias de Chuva, vai encontrar cenas cotidianas onde Audrick planta seus planos e guarda seus segredos de modo calculado e pacientemente, como quem tem toda a eternidade pra ver tudo se tornar exatamente como deseja.

Agora, o que ele de fato quer? A resposta fica para quem ler o livro.
;)

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